O que é Endolaser?

O endolaser é uma técnica médica minimamente invasiva utilizada no tratamento de varizes e insuficiência venosa crônica. Baseia-se na aplicação de energia laser diretamente dentro da veia comprometida, por meio de uma fibra óptica fina introduzida através de uma pequena punção na pele.

O termo “endo” significa “dentro” e “laser” refere-se à fonte de luz concentrada utilizada. Diferente de métodos tradicionais como a cirurgia de retirada da veia (safenectomia), o endolaser atua selando a veia por dentro, sem cortes extensos, reduzindo o tempo de recuperação e o risco de complicações.

Como funciona

O procedimento de endolaser é realizado com auxílio de ultrassom, o que garante máxima precisão em cada etapa. Inicialmente, é feita a punção da veia doente, utilizando anestesia local ou peridural para proporcionar conforto ao paciente.

Em seguida, uma fibra óptica extremamente fina é introduzida no interior da veia. Essa fibra conduz a energia do laser, que é acionado para emitir luz em um comprimento de onda específico. Essa energia aquece e provoca um dano controlado na parede interna da veia.

O calor gerado induz a contração e o fechamento da veia, redirecionando o fluxo sanguíneo para veias saudáveis e funcionais. Após o procedimento, a veia tratada não é mais utilizada pelo organismo e, ao longo de semanas ou meses, é gradualmente reabsorvida pelo corpo, sem causar prejuízos à circulação.

Principais aplicações

O endolaser é especialmente indicado para o tratamento de varizes tronculares, incluindo as veias safenas interna e externa, que costumam estar diretamente relacionadas aos sintomas e desconfortos da insuficiência venosa. Ele também é uma opção eficaz para corrigir casos de insuficiência venosa crônica, condição que prejudica o retorno do sangue das pernas para o coração e pode evoluir com complicações se não tratada.

Além de atuar na causa do problema, o procedimento contribui para a redução de sintomas comuns, como dor, inchaço, sensação de peso e cansaço nas pernas, proporcionando mais conforto e qualidade de vida ao paciente.

Outra vantagem é a sua função preventiva. Ao eliminar a veia doente, o endolaser ajuda a evitar complicações associadas às varizes, como o surgimento de úlceras venosas — feridas de difícil cicatrização — e episódios de tromboflebite, que correspondem à inflamação e formação de coágulos nas veias superficiais.

Vantagens

O endolaser é um procedimento minimamente invasivo que exige apenas uma pequena punção na pele, sem cortes grandes ou incisões extensas. Isso reduz o trauma aos tecidos e contribui para um processo mais seguro e confortável para o paciente.

Essa abordagem menos agressiva permite uma recuperação rápida. Em poucos dias, a maioria dos pacientes já consegue retomar suas atividades diárias, sem necessidade de longos períodos de afastamento ou repouso absoluto.

Outro ponto positivo é o menor desconforto no pós-operatório. O método costuma gerar menos dor e hematomas em comparação às cirurgias convencionais, tornando a experiência mais tranquila e bem tolerada.

A técnica também apresenta alta taxa de sucesso, com mais de 95% de eficácia no fechamento das veias tratadas, garantindo resultados duradouros e melhora significativa dos sintomas relacionados às varizes.

Por fim, trata-se de um procedimento ambulatorial, o que significa que, na maioria dos casos, não há necessidade de internação prolongada. O paciente realiza o tratamento e retorna para casa no mesmo dia, com orientações simples de cuidados posteriores.

Segurança e contraindicações

O endolaser é considerado um procedimento seguro quando realizado por um cirurgião vascular treinado e com o uso de equipamentos adequados. O conhecimento técnico do profissional e a precisão da tecnologia reduzem significativamente os riscos, garantindo maior previsibilidade nos resultados.

No entanto, como qualquer tratamento médico, existem algumas contraindicações que precisam ser respeitadas. O procedimento não deve ser realizado em pacientes com trombose venosa ativa, pois a condição exige cuidados específicos antes de qualquer intervenção. Também é contraindicado em casos de infecção na região da punção, para evitar a disseminação bacteriana e complicações inflamatórias.

Outras situações que podem impedir a realização do endolaser incluem condições clínicas graves que impossibilitem o uso de anestesia e anatomia venosa desfavorável, que inviabilize a passagem segura da fibra de laser pelo interior da veia.